quinta-feira, 20 de março de 2008

PARIS!!!!!!!!!!!!

Pois é, a seguir a um post intitulado "Acabou-se o Turismo", nada como outro com o título "PARIS!!!!!!!!!!!!".
Ora bem, parto amanhã às 10 da manhã num Sr. TGV com ligação directa a Paris, Gare de Lyon, onde chego ao meio-dia para abraçar a minha amiga do coração, a minha Catchua TCHUA! Vai ser mesmo romântico o nosso encontro a meio caminho Maastricht-Saint-Etienne! E muito histérico concerteza, pobre Paris, nem imagina o que lhe está prestes a acontecer... AGORA é que vai ser a cidade mais bonita do Mundo! Até já comprei um livro para a viagem: "Mai 68 expliqué à Nicolas Sarkozy". A senhora da caixa da Fnac riu-se muito quando leu o título e depois disse uma piada em francês que eu não percebi mas ri-me também porque ela tinha ar de louca. Prometo fotografias no blogue à chegada. Linda Páscoa... e o Jesus ressuscitou.
Se não, ressuscitava agora.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Acabou-se o turismo...

Pois é, tive hoje a reuniao em que escolhi as disciplinas que vou fazer por aqui portanto, ao que parece, vou ter de começar a trabalhar. Os professores daqui ficaram furiosos qundo eu lhes disse que nao precisava de créditos e avaliaçao deles porque terei sempre de fazer as disciplinas exigidas pela Faculdade de Lisboa. Com toda a razao sentiram que isso nao é propriamente aquilo que o programa Erasmus propoe e acho que se sentiram um bocado palhaços porque no fundo o trabalho deles é desvalorizado mas enfim, isto sao assuntos académicos muito enfadonhos e eu nao quero massacrar ninguem, isto nao é um confessionario das minhas irritaçoes, é um blogue para contar as coisas divertidas! Portanto, resumindo e concluindo, maos à obra que esta na hora de começar a trabalhar e de comer croissants, de ir a Paris, a Lyon, de receber visitas, pensar nas ferias da pascoa, começar a descoberta dos melhores bares de Saint Etienne, etc etc. Ai desculpem, de começar a trabalhar! Baralho-me sempre com esta questao...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Chez Matilde

Pois é, ja nao sou desterrada! A grande noticia de hoje é que vou dividir apartamento com a Ana Maria e a Simona, as minhas queridas italianas! Estou euforica, valeu mesmo a pena esperar, consegui exactamente aquilo que queria com o acréscimo de ir viver com duas raparigas fantasticas que fazem PASTA ITALIANA! Yahoo! A casa é optima, tem imensa luz e uma vista desafogada sobre a cidade. O quarto é pequenino mas muito querido e tambem tem vista e uma janela ao nivel do chao pela qual estou apaixonada. No entanto, a sala é grande, a cozinha tambem e tenho maquina de lavar roupa! So nao tenho internet mas vamos pedir ao vizinho para partilhar a dele e talvez de. Peço desculpa pela falta de acentos nas palavras mas estes teclados franceses sao uma bosta, nao me consigo entender com isto!

À tout allors mes amis!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Nomada e desterrada

Pois é, a Matilde comodista e preguiçosa agora tornou-se numa nómada sem casa nem terra. Já tinha feito alguma iniciação ao modo de vida nómada entre o Funchalinho e o Príncipe Real mas isto agora está num nível muito mais avançado. Depois de três noites num hotel que quase davam para pagar a renda de um mês de apartamento, mudei finalmente para um novo contexto menos impessoal que a vida de hotel: fui acolhida pela Marie-Anee, uma francesa muito simpática que me ofereceu estadia no sofá cama da sua casa temporariamente. Graças a Deus não é um daqueles sofás-cama com um buracão no meio e eu dormi muito bem esta noite. Na vida nómada aprende-se a dar valor às pequenas coisas. Pois bem, tem sido assim, desterrada e sem destino, que tenho tentado arranjar um sítio definitivo para me instalar. Nesta momento tenha duas hipóteses: uma delas é ficar num quarto num apartamento onde vivem duas italianas muito bem-dispostas: a Ana Maria e a Simona. Isto seria o ideal mas ainda é preciso saber se o proprietário quer alugar o terceiro quarto da casa. Se não resultar tenho uma segunda escolha que será uma residéncia universitária, ao que parece melhor do que a maioria, onde está também uma outra italiana bem-disposta chamada Silvia. Vivam as italianas!!! Agora vamos ver se consigo que isto se resolva o mais rapidamente possível para não abusar do sofá-cama da Marie-Anee. Pelo menos, já não ando tão perdida e sozinha como nos primeiros dias. Realmente é muito bom conhecer outras pessoas que estão na mesma situação do que nós (apesar de alojadas), começar a combinar jantares em que cada pessoa cozinha um prato típico do seu país (estou lixada!), começar a falar de interesses comuns, perceber que é mais ou menos a mesma coisa em todo o lado, que não há assim tantas diferenças, começar a falar o nosso novo dialecto entre erasmus: "franglais" ou "franglish", como preferirem... enfim, e por aí fora. Não há dúvida que os croissants e o chocolate também desempenham um papel importante na angústia de estar longe de casa, sem casa. Sim mãe, eu sei que não devia, colestrol, bla bla bla... hehe

Mas melhor notícia de hoje é que aneve não derreteu!!! Nevou a noite toda e quando acordei estava mesmo tudo branco: os telhados, os jardins, os carros... "Super"! E sim mãe, é um bocadinho escorregadio mas tenho conseguido manter-me em pé.

E já só faltam 30 dias para o Gustavo chegar... (chega chega chega chega chega vem vem vem)

terça-feira, 4 de março de 2008

Neve!

É verdade! Hoje de manha nevou em Saint-Etienne!!! Nevou imenso, foi preciso usar o chapéu de chuva e de vez em quando, os flocos entravam para os olhos como pò de gelo... Acho que foi para comemorar a noticia que recebi hoje do meu amor que ja esta quse a caminho para me visitar. Hoje alguns dos montes verdes estao completamente brancos, forrados por tapetes espessos de "neige". Espero que nao derreta ja...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Os primeiros dias

Isto de estar longe de casa tem sido bem menos excitante do que se podia imaginar. Chegar à noite não ajuda e o dia seguinte ser um domingo de província, com tudo fechado e ninguém nas ruas ainda ajuda menos. Ok, foi díficil e ainda custa um bocadinho a passar o tempo mas já consigo escrever estas coisas sem desatar a chorar! Talvez não percebam o avanço que isto representa mas garanto que é enorme! Ainda não conheço bem a cidade mas não me parece deslumbrante, já vi coisas muito bonitas misturadas com coisas muito muito feias... parece-me urbanisticamente disfuncional. No entanto, estou num vale cercado por montes e serras muito verdes e isso é simpático. Bem, mas apesar de tudo não estou tão sozinha como gostaria porque ao contrário do que eu pensava, veio uma Sónia da Faculdade de Belas de Lisboa no mesmo dia, no mesmo voo e na mesma camioneta que eu. Que sorte hum?!? Tudo o que eu sempre quis! A ver se não me esqueço de nunca lhe falar neste blog... Estou a brincar, é muito querida e simpática, vai ser muito bom, tenho a certeza. Hoje o dia está a ser melhor, como é segunda-feira as pessoas saiem à rua, juro! Afinal, elas existem e saiem à rua! É certo que não são deslumbrantes mas pelo menos acabaram com a minha sensação de estar numa cidade fantasma onde, de vez em quando, aparecem uns mitras. Conheci hoje a faculdade, tive direito a uma grande apresentação com outros erasmus e o que me agradou mais foi perceber que o sistema de ensino deles contempla muito mais hipóteses extra-escolares que o nosso. Os alunos desenvolvem muito trabalho na escola para levarem a concursos exteriores, fazem estágios profissionais, têm imensas parceria com museus, universidades, etc. Nesse aspecto fiquei muito contente de saber que são muito menos fechados em si próprios do que a minha fantástica faculdade que é perita em ignorar a existência de um mundo exterior ao convento em ruínas. Também já estou a tratar de arranjar casa, amanhã devo abandonar o meu pequenino "Baladin", hotel em que passei várias horas chorosas de lamechice e saudades. Mas quando nos abstraímos um bocadinho dessa angústia é bom perceber que estamos a sofrer porque deixámos para trás coisas fantásticas, porque temos pilares que nos sustentam, pessoas deixam buracos que mais ninguém vai conseguir preencher. E tudo isso continua à nossa espera, continua a ser nosso a qualquer distância, e por isso é bom perceber que, de certa forma, a distância até torna o facto de não estarmos sozinhos numa evidência maior.
Já chega por hoje, já me estou a esticar! Prometo que os próximos não serão tão longos, não desistam já de acompanhar as minha belas aventuras!

Muitos beijinhos,

Matilde